Já ouviu aquela máxima que todo ser humano precisa plantar uma árvore, gerar um descendente e escrever um livro? A maioria das pessoas encontra nesta última o calcanhar de Aquiles, mas acredite ser possível e viável. Vamos lá!
Sabe aquele sonho de escrever um livro, cerca de 80% dos americanos almejam escrever e publicar um livro em algum momento – mas menos de 0,1% realmente o fizeram, no Brasil não encontrei o que retrata essa realidade.
NÃO EXISTE FÓRMULA SECRETA, NEM PASSO A PASSO ESTÁTICO PARA NASCIMENTO DO SEU LIVRO, PORQUE DEPENDE DE SUA SINGULARIDADE E UNICIDADE.
Alda Figueredo
Então, peço que se dispa de qualquer tendência de encontrar a fórmula secreta que vai desbloquear sua criatividade e mostrar como escrever o seu livro “magicamente” e tornar seu sonho real. Acredito que não existe um caminho único para a concepção da escrita, já que a sua jornada enquanto escritor é única.
Neste artigo tem como objetivo principal desmistificar o processo de escrita e ao meu tempo sinalizar de forma prática e simples o caminho percorrido por mim e pela maioria dos grandes autores – fato observado ao rastrear a existência de padrões e hábitos de escrita eficazes as quais podem ajudar você alcançar seus objetivos.
Se você quiser escrever seu próprio livro, tudo que você precisa fazer é imitá-los!
Então vamos começar com caneta e papel em mãos.
Veja como você pode escrever um livro com estes passos simples e diretos:
Encontre sua “grande ideia”
A única ferramenta absolutamente necessária para escrever um livro é, claro, uma ideia, tema, assunto. Se você não tê-lo, dificulta o fluir da primeira página do seu rascunho.
Aqui, pode existir dois tipos de iniciantes: Primeiro: já sabe sobre o que quer escrever, e o segundo – totalmente perdido. Independente em qual dos dois esteja incluso, realizar algumas perguntas simples direciona a tua escrita:
- Sobre o que eu quero escrever?
- Deste assunto, qual abordagem é importante escrever?
- Quem vai querer ler sobre essa história/assunto?
- Consigo finalizar o ciclo do assunto proposto de forma efetiva?
- Qual o formato vou dispor?
- A jornada será solo ou acompanhada (equipe editorial ou equipe de parceiros amigos)?
- Quanto tempo tenho disponível para o projeto?
Suas respostas a essas perguntas ajudarão a escolher as melhores opções. Por exemplo, se você tem várias ideias diferentes para um livro, mas apenas uma seja realmente apaixonado e reconhece conter as habilidades para realizá-la, comece por ela.
Por outro lado, se você não tiver ideias, essas perguntas devem guiá-lo em uma direção concreta. Nesta situação, pense nos tipos de livros que você gosta de ler, bem como os que te impactaram significativamente. Certamente, vai desejar escrever com essa perspectiva.
Realizar o sumário
Após definir o assunto, o próximo passo é elaborar o sumário. Para essa etapa necessita: definir uma linha de raciocínio que direciona cada capítulo (a espinha dorsal do livro). Quantos capítulos, formatos dos capítulos, histórias e analogias que pode usar em cada capítulos – esqueleto pronto, hora do trabalho de produção massiva de cada capítulo pormenorizado. Se for desafiante essa etapa pode se inspirar com temas similares de best-seller lendo as sinopses
Importante:
- Somente o assunto de cada capítulo você decide, não sendo o momento de escrevê-los por inteiro.
Aqui é primordial a clareza do objetivo do livro, pois ele é o norteador do sumário e capítulos. Pergunta a ser respondida: o que o livro oferece ao leitor, porque ele deve investir tempo, recursos e energia. Não economize na pesquisa dos detalhes que serão o diferencial na sua obra.
A Hora H
Aqui começa a escrita propriamente dita, a parte mais importante da escrita do livro é começar a história! Não é “feio” expor nas primeiras páginas ao leitor, que pode criticar ou abandonar seu livro – se essas páginas não forem boas o suficiente.
Cada capítulo deve seguir um formato de conexão, looping cerebral o qual direciona o leitor a persistir na história a fim de desejar o final. Traga detalhes da história a ponto do leitor visualizar o fato – conectar e criar vínculo emocional com seu livro.
Outro ponto primordial é a linguagem linear e direcionada ao público específico, até mesmo os exemplos, analogias e história devem seguir essa diretriz.
É como se fosse um mapa com um fluxo de cada capítulos com as cenas, personagens com começo, meio e fim e ao mesmo tempo conecte com o capítulo seguinte.
Exemplo: Comece com um conflito – ele atrai o leitor, desperta curiosidade e emoção. E como cada elemento interage com o objetivo do livro e do capítulo.
Importante!
- A primeira versão é crua, então se permita aprimorar e aperfeiçoar a cada revisão. Outro ponto, não leia até finalizar ele por inteiro. Recomendo não apagar nem descartar nenhuma mensagem, e sim ir salvando quantas versões forem necessárias – importante para perceber sua evolução e resgatar algo necessário lá no final.
- Encontre sua forma de escrita, leve, clara e simples – é a melhor forma de conectar, e não vocabulário rebuscado e difícil. Lembre-se que sua mensagem precisa ser compreendida e consumida.
- Outro ponto recomendado é a escrita de frases curtas. Conheça e reconheça seu ritmo de produção e o respeite. Use uma ferramenta de escrita que apoie nos momentos criativos no cotidiano. Eu uso gravar áudio do que penso, escrever tópicos no lembrete do celular, ou drive de transcrição de voz e depois ajusto ao capítulo ou mesmo descartar se for o caso.
Estabeleça uma rotina com ambiente e ferramentas adequadas
Ter uma rotina de escrita saudável é a base para atingir a meta estabelecida para entrega semanal, mensal e de finalização do processo. Essencial estabelecer a data limite para finalizar, senão pode desanimar, mudar o foco e deixar o projeto de lado e anos depois perceber o quanto demorou para realizar o seu sonho e sobretudo quantas pessoas poderiam ser impactadas com sua mensagem transformadora.
Aspectos a definir: Qual momento do dia eu costumo ser mais produtivo? Consigo realmente equilibrar meus objetivos de escrita com outras responsabilidades? Evite esgotamento mental, caso ache que escrever por vários dias seguidos é demais para você, planeje novamente e reorganize.
Sim, escrever muito é importante, mas não é mais importante que sua saúde mental! Lembre-se de que escrever um livro é uma jornada, não um sprint, e que uma escrita consistente e leve é vital. Aqui estão algumas dicas para aproveitar ao máximo sua rotina de escrita.
Para mim, fez toda diferença: comemorar cada etapa diária conquistada, focar no que realmente importava no momento, ambiente adequado e longe de distrações, ferramentas de apoio “gravei o sumário do livro em vídeo” e depois transcrevi e fui escrevendo cada capítulo. E a motivação porque chegou um instante que a leitura fica saturada, não enxergava o óbvio. Aí é o instante de ficar alguns dias sem lê-lo e fazer atividades totalmente diferentes.